REFLEXÕES E MAIS
Nesta página você pode ler textos que ajudam a compreender melhor sua saúde emocional e espiritual, bem como suas relações com as pessoas que fazem parte de seu círculo mais próximo, como familiares, colegas de trabalho ou de estudo, membros de sua comunidade de fé, vizinhos, etc.
Nesta página, você pode ler sobre as diferentes ABORDAGENS para o tratamento das DISFUNÇÕES EMOCIONAIS.
Mais abaixo também tem interessantes reflexões!

Conheça dez tipos de psicoterapia
e saiba com qual você mais se identifica*
São muitos os métodos existentes para tratar a psique humana.
Em comum, todos eles têm a comunicação verbal como principal
recurso de tratamento. É a cura pela fala.
Mas para que a terapia seja eficaz, é preciso que o paciente se identifique com o que está sendo proposto. Assim, fica mais fácil lidar com os incômodos do processo (que, em muitos momentos, demanda se aprofundar na dor para aliviar problemas emocionais).
Para ajudá-lo a acertar na escolha do especialista, o Portal UOL Comportamento explica, a seguir, as principais características de diferentes tipos de psicoterapia.

PSICANÁLISE:
o método diz respeito às abordagens psicológicas
herdeiras dos estudos desenvolvidos pelo médico
austríaco Sigmund Freud (1856-1939). Ao tratar pacientes
psiquiátricos por meio da hipnose, Freud descobriu que
muitos sintomas de sofrimento mental desapareciam quando
a pessoa acessava conteúdos inconscientes da mente.
Por isso, a técnica estimula que o paciente expresse-se
sem censura e faça associações livres entre pensamentos,
fantasias, emoções e sonhos. O analista faz o papel de um
ouvinte atento, que, de tempos em tempos, interrompe o
paciente para que ele reflita sobre significados que podem
estar ocultos em sua fala, como uma maneira de desvendar
o inconsciente. O tratamento pode durar vários anos;
por isso, não é recomendado para pessoas que precisam
de solução urgente para um conflito.
TERAPIA JUNGUIANA:
também chamada de psicoterapia analítica, baseia-se nas
pesquisas do suíço Carl Gustav Jung (1875-1961), que
começou seus estudos como discípulo de Sigmund Freud,
mas depois divergiu do mestre em algumas questões
fundamentais. Enquanto a psicanálise é mais retrospectiva,
buscando o autoconhecimento em aspectos inconscientes
ocultos no passado (geralmente na infância), a psicoterapia
junguiana é mais prospectiva, vislumbrando o futuro. Se na
psicanálise o paciente busca aprender a lidar com o ser
humano que se tornou, na psicoterapia junguiana ele
buscará superar seus conflitos. Para acessar o inconsciente,
o terapeuta utiliza bastante os sonhos dos pacientes e leva
em consideração, também, o que Jung batizou de
"inconsciente coletivo": imagens, pensamentos e experiências,
comuns a todos os seres humanos, que interferem na saúde emocional.






TERAPIA LACANIANA:
idealizada pelo francês Jacques Lacan (1901-1981),
essa é uma variação da psicanálise de Freud. O método
utiliza a mesma tática de livre associação, para fazer com
que o paciente reflita sobre seus dilemas. No entanto,
há muito mais interrupção do terapeuta nesse método,
quando comparado ao freudiano. O analista pode
quebrar a continuidade da sessão no momento que achar
importante, mesmo que seja preciso dar um corte brusco,
e pedir para o paciente pensar sobre o que foi falado.
Por isso, a duração das sessões de psicanálise lacaniana
é variável: pode durar poucos minutos ou mais de uma hora.
TERAPIA REICHIANA:
os terapeutas desse método trabalham com a ideia de que
sentimentos reprimidos (medo, angústia e raiva,
por exemplo) são refletidos no corpo, causando problemas
físicos como dores de cabeça, hipertensão, asma e gastrite.
Essa terapia baseia-se nos estudos do analista
austro-húngaro Wilhelm Reich (1897-1957) e é indicada
para pessoas que não queiram apenas tratar distúrbios
psicológicos, mas encontrar solução para incômodos físicos.
Nas sessões de terapia são usadas técnicas
respiratórias, de postura corporal e de massagem.
TERAPIA COMPORTAMENTAL:
baseia-se na percepção de que estímulos do ambiente
podem modelar nosso comportamento. Por isso, o terapeuta
costuma propor estratégias comportamentais que podem
gerar mudanças na vida dos pacientes. A técnica é bastante
utilizada para o tratamento de pessoas que sofrem
de estresse pós-traumático e transtornos de impulsos,
como as compulsões. Ao terapeuta, cabe o papel de avaliar
detalhadamente os sintomas do paciente, em quais
condições ou situações eles aparecem e as consequências.
Já o paciente precisa estar motivado para aderir ao
tratamento e aceitar as tarefas propostas pelo especialista.

TERAPIA COGNITIVA:
a maneira como as pessoas interpretam suas experiências
determina como elas se sentem e se comportam. Essa é a
base da terapia proposta, inicialmente para tratar a
depressão, pelo psiquiatra norte-americano Aaron Beck.
O método apresenta estratégias para corrigir distorções
de pensamento, como, por exemplo, ter uma visão muito
negativa de si mesmo (comum no caso dos depressivos).
Costuma ser utilizada no tratamento de dependência
química, transtornos de ansiedade, alimentares e de
personalidade. Em alguns casos, faz uso de técnicas
da terapia comportamental (sendo, então, chamada
de Terapia Cognitivo-Comportamental, TCC).
TERAPIA FAMILIAR E DE CASAL:
é um método indicado para tratar crises nessas
relações. Algumas das indicações são a existência
de risco de ruptura familiar, a presença de doença
física ou mental grave em algum membro da
família ou problemas de comunicação e
dificuldades de ordem sexual entre os casais.
Em todos os casos, as partes envolvidas na
crise devem estar presentes nas sessões
terapêuticas, não basta que só um lado
compareça. As terapias não são indicadas
quando algum dos envolvidos tem problemas
individuais que necessitam de tratamento prévio
ou escondem segredos que, caso sejam
revelados, possam provocar o fim das
relações familiares.

GESTALT TERAPIA:
o foco desse método é levar o paciente a restaurar
o contato consigo mesmo, com as outras pessoas e
com o mundo. Parte do pressuposto de que o ser
humano tem a capacidade para se auto realizar e
desenvolver o próprio potencial. O gestalt-terapeuta
procura estabelecer uma relação menos formal com
o cliente, que é estimulado não só a falar sobre os
próprios dilemas, mas, também, a expressar-se
por meio de desenhos, pinturas, gestos e dramatização.
Dentre as técnicas utilizadas, o terapeuta pode sugerir
a visualização de ilustrações que fazem o paciente
pensar sobre o todo e a parte; o negativo e o positivo,
o cheio e o vazio, de forma a exercitar e estimular
diferentes percepções da realidade.
PSICODRAMA:
o método utiliza da dramatização para lidar com temas
diversos. É mais utilizado em terapias em grupo do que
individuais e aplicado não só em consultório, mas
também em escolas, projetos comunitários e empresas.
A partir da definição de um tema a ser trabalhado,
os participantes encenam papéis e, depois, compartilham
as suas experiências com o grupo. A ideia é que,
dessa maneira, as pessoas fiquem mais soltas para
manifestar pensamentos, falar sobre conflitos e dilemas
morais. A técnica foi criada pelo psiquiatra romeno
Jacob Levy Moreno (1889-1974), que acreditava
que a saúde mental melhora ao trabalhar a
espontaneidade e criatividade.

TERAPIA EM GRUPO:
esse é o método utilizado para tratar um grupo de
pessoas com um problema em comum, que pode
ser desde a vontade de perder peso ou parar de
fumar até uma fobia social. Apesar de oferecer um
melhor custo-benefício para o paciente, para progredir
na terapia em grupo é preciso estar motivado para
participar e envolver-se emocionalmente com outras
pessoas, não ter medo de se revelar e ter a capacidade
de se solidarizar com os problemas alheios.
A discordância com as normas do grupo, assim como
a incompatibilidade com um ou mais membros,
pode invalidar a experiência.
*Consultoria:
Aurélio de Melo, psicólogo e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Ana Merzel, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein e autora do livro "Psicoterapias: Abordagens Atuais" (Editora Artmed).
Por Marina Oliveira e Suzel Tunes, do UOL, em São Paulo
Link de origem:
Observação do VIVARES:
A matéria acima, é bem informativa para o público não familiarizado com o mundo da saúde emocional, mas esqueceu de incluir outras abordagens que devem ser consideradas no atual processo de multipluralidade de tratamentos e abordagens:
- Terapia Humanista, conhecida como Rogeriana ou ACP;
- As novas Escolas de Psicoterapia a partir do Dr. Rüdiger Dalhke (Alemanha), Debbie Ford (EUA), e tantos outros.
- Abordagem sistêmica, Psicodinâmica, Psicossomática, etc, também devem ser consideradas.