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MORREM OS QUE CAEM NO ESQUECIMENTO

Saindo da dor para a memória do amor!

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Quem tem pressão arterial alta

ou está lidando com um luto recente de 1º grau

peço que não leia este texto.

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Quando um amigo morre parece que parte de nós, e creio que uma grande parte, morre um pouco junto. Mas essa não é uma situação normal. Processar um luto é doloroso e na maioria das vezes recomenda-se suporte psicoterapêutico. Amanhã, dia 26.09 são dois anos da prematura partida para o Eterno do querido amigo Luiz Eduardo de Moura Toth, o nosso Edu.

Trago em meu coração desde aquele difícil setembro de 2021 uma dor que não se pode dizer sua intensidade. No entanto, sou uma dessas pessoas que ajuda muitas outras a saírem do luto tentando evitar maiores perdas, grande sofrimento e adoecimento. Segundo a psicologia o manejo do luto requer compreender e vivenciar os cinco estágios dele:

1º estágio - negação e isolamento;

2º estágio - raiva;

3º estágio - barganha ou negociação;

4º estágio - depressão;

5º estágio - aceitação;

Desde o óbito do Eduardo eu coloquei para mim uma reflexão mais profunda, onde, primeiro confirmo e acolho o meu amor à vida em todos os sentidos. Segundo, assumo com lúcida consciência que sou apenas um passageiro nessa Nave chamada vida, e que não tenho o controle quando devo descer na estação que me levará ao embarque para “as muitas outras moradas” eternas – evangelho de João 14, 2 -.


Respeito as pessoas que não creem em nada após essa vida. Mas prefiro continuar crendo e sabendo que há uma forma incompreensível a nós por ora, de que a vida, que não é só matéria, continuará em outra ressonância com beleza e amorização. Esse crer me dá algum suporte para que eu possa sempre aperfeiçoar minha melhor versão. Afinal, é preferível sair dessa Nave sabendo ser um ser humano melhor. “A morte é um dia que vale a pena viver” em uma incrível publicação da autora Ana Claudia Quintana Arantes, e que deveria ser leitura obrigatória para todos, especialmente os que exercem cuidados paliativos.


A irmã morte é a certeza mais certeira que temos nesta vida. Mas sempre procuramos fugir e evitar que dela se fale ou se pense. Grande engano. Quando estamos bem com a nossa vida, e “bem” para mim é estar despido de raivas, rixas, ciúmes, competições imbecis, lutas estúpidas e da carência de amor em todos os níveis. Estamos bem quando encaramos com serenidade e até mesmo com amor nossa finitude. Para morrermos bem precisamos viver bem e estar bem conosco, com nossas escolhas, nossos sonhos, nossos desejos e nossas responsabilidades. Assim foi o meu amigo Edu.

Ele foi um ser humano leve, dócil, descomplicado, desapegado e sabedor da finitude. Essas são as suas quase últimas palavras e que pronunciou dias antes de seu óbito e que nos deixou em um áudio:


“Se eu partir, saibam que eu partir feliz. Quero deixar minha grande alegria e meu abraço a todos que por aqui ficarem. Deixo essa pequena mensagem de saudade sim, tristeza não. Não é momento de tristeza. É momento de reflexão. É momento de dizer até logo. Quem acredita na vida após a morte, não é o fim. Então: o que temer? É só abraçar a LUZ com amor e um dia todos nós nos encontraremos novamente. É só uma questão de tempo. É muito egoísmo querer as pessoas para si. O desapegar é uma lição que temos que aprender. Temos que aprender com carinho, com amor e com alegria. Digo que fui feliz nesta vida e continuarei sendo. Porque eu estive na melhor família que poderia adentrar.”


Obrigado amigo, que nos deixou só lindas lembranças de você. Seu legado para mim resume na amizade despida de qualquer interesse ou qualquer posse. Fostes um ser livre e com essa liberdade saíste desta Nave. Nosso coração ainda chora e vai chorar por muito tempo. Pois um amigo camarada, companheiro, fiel, parça e presente não morre.


Morrem aqueles que já em vida nos deixam mais ausências que presenças. Você foi presença intensa, leve e amorosa com os teus muitos amigos. Sou testemunha e por isso estou aqui compartilhando essa modesta reflexão em tua memória.

Saudades querido amigo e até já! RIP! 😢




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